Segundo a Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), embora os casos de morte pela vacinação sejam raros, eles podem
acontecer. E o risco maior é verificado às pessoas com mais de 70 anos de
idade.
Para mim, por questões de saúde e da idade, está claro que
era contraindicado ela se vacinar”, disse Bianca. “Mas uma senhora, longe da
família, foi tomar. O posto não deveria ter vacinado sem entender o histórico
dela.”
Mônika Oelkers, uma professora
aposentada de 76 anos, de Ibiúna, interior de São Paulo, pode ter morrido em
decorrência a uma reação à vacina contra a febre amarela. Ela teria tomado a
dose no dia 8 de janeiro, morrendo oito dias depois em um caso extremamente
raro de reação à imunização. As informações são da BBC Brasil.
Oelkers começou a apresentar
sintomas como cansaço, febre, fraqueza e falta de apetite pouco tempo depois de
ter sido imunizada contra a febre amarela no posto de saúde Dr. Darcy Bandeira.
Ela foi socorrida e colocada no soro. No entanto, quando sua condição não
melhorou, foi transferia para o Hospital do Servidor, em São Paulo.
Uma vez lá, os médicos remontaram
seu histórico clínico e fizeram alguns exames, segundo Bianca Wiederin, 28
anos, sobrinha-neta da vítima. Eles descobriram que ela havia desenvolvido uma
reação muito forte à vacina, de modo que o funcionamento do fígado e rins foi
comprometido.
Mônika foi internada na UTI no
dia 14 de fevereiro, entubada no dia seguinte e morreu no dia 16 de janeiro. Em
seu atestado de óbito os médicos descreveram que a causa da morte era uma
possível reação à vacina contra a febre amarela.
Em seu laudo de morte foram
listados também um grande número de diagnósticos, incluindo hemorragia
pulmonar, hepatite aguda, icterícia febril e febre hemorrágica e sintomas da
doença viscerotrópica aguda (DVA), um tipo de reação à vacina com quadro
semelhante ao da doença que ocorre até dez dias depois da imunização. Quanto a
condições subjacentes, foi verificado que a aposentada sofria de obesidade,
arteriosclerose, diabetes e hipertensão.
Embora circulem boatos na internet de que a
imunização é problemática, o Ministério da Saúde garantiu que a vacina contra a
febre amarela é altamente segura. No entanto, ela é recomendada apenas para
pessoas entre nove meses – ou seis, se estiver em área de risco – e 59 anos de
idade. Para pacientes mais velhos, o ideal é consultar um médico para avaliação
do estado do sistema imunológico e necessidade de vacinação
JORNAL CIÊNCIA
0 comentários:
Postar um comentário