Assinado pelos promotores Otávio Ferreira Garcia, Nelson Luis
Sampaio de Andrade e Marcelo Camargo Milani, o inquérito vai apurar se houve o
pagamento, pelo grupo Norberto Odebrecht, de “vantagem indevida ao
ex-governador Geraldo Alckmin, com a participação de Adhemar César Ribeiro
[cunhado de Alckmin] e de Marcos Antonio Monteiro [que coordenou
financeiramente a campanha de Alckmin], a título de caixa 2, sem regular
declaração à Justiça Eleitoral”. A suspeita é que Alckmin tenha deixado de
declarar R$ 2 milhões para a Justiça Eleitoral na campanha de 2010 e R$ 8,3
milhões na campanha de 2014.
Por meio de nota, a assessoria do ex-governador informou que
“vê a investigação de natureza civil com tranquilidade e está à disposição para
prestar quaisquer esclarecimentos. Não apenas por ter total consciência da
correção de seus atos, como também por ter se posicionado publicamente contra o
foro privilegiado”, diz a nota. “Registre-se que os fatos relatados já estão
sendo tratados pela Justiça Eleitoral, conforme determinou o Superior Tribunal
de Justiça”.
A assessoria de imprensa da Odebrecht informou que “está
colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua”.
“[A Odebrecht] Já reconheceu os seus erros, pediu desculpas
públicas, assinou um acordo de leniência com as autoridades do Brasil, Estados
Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador, Panamá e Guatemala, e está
comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas”,
disse a construtora.
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