Os motoristas brasileiros não serão obrigados a trocar as
placas dos veículos para se adequar ao padrão Mercosul até 2023, conforme prevê
a resolução 729 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
A afirmação foi feita nesta quarta-feira (25) pelo
presidente do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), Maurício Pereira,
durante audiência da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.
Para os carros novos e em processo de transferência, a
resolução não deve sofrer alterações e ser implementada até 1º de setembro de
2018.
As placas padrão Mercosul — bloco formado por Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai — têm quatro letras, três números, itens de
segurança e permitem o rastreamento dos veículos e clonagens. No Brasil, selos
identificarão o Estado e o município dos veículos.
Após o anúncio da mudança total das placas, o Ministério
Público Federal no Amazonas passou a investigar se a determinação procurou
beneficiar determinadas empresas de emplacamento, em prejuízo dos proprietários
de veículos. O órgão avalia que a resolução traz gastos aos proprietários de
veículos e lucro a um pequeno grupo de empresas.
Custo
Durante a audiência na Câmara, alguns presentes disseram aos
parlamentares que os novos modelos terão um custo menor do que as atuais.
Atualmente, os motoristas pagam entre R$ 150 e R$ 200 pelo par de placas.
"Hoje as placas são vendidas por este preço, mas não é
no fabricante, não é no estampador. Ela é vendida a esse preço por
atravessadores, que são despachantes, que são concessionárias, principalmente
de veículos novos”, afirmou a empresária do setor de fabricação de placas Carla
Araújo.
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