Pernambuco teve confirmada nesta sexta-feira (27) a sua
primeira morte por contaminação com o vírus da gripe H1N1 em 2018. Um homem de
45 anos, notificado no dia 16 de abril com síndrome respiratória aguda grave
(SRAV) estava internado no Instituto Integral Professor Fernando Figueira
(Imip), no bairro dos Coelhos, Centro do Recife. O paciente faleceu na última
terça-feira (26).
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), após
análise laboratorial, feita pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) e
divulgada na última quinta-feira, foi constatado o vírus da influenza A (H1N1)
nas amostras coletadas. A SES, a unidade de saúde e o município de origem do
paciente (Recife), por meio da secretaria municipal de Saúde, estão
investigando o caso do homem, que tinha comorbidade, ou sejam, outra doença
existente.
De acordo com o boletim, divulgado pela Secretaria Estadual
de Saúde, até o dia 14 de abril, Pernambuco registrou 315 casos de síndrome
respiratória aguda grave (Srag), com 1 resultado positivo para influena A(H1N1)
e 4 para influenza A(H3N2). O número de casos de Srag em 2018 representa uma
diminuição de 38,5% em relação a 2017, quando foram registrados 513
adoecimentos, sendo 48 para influenza A(H3N2), 7 de influenza B, 2 de vírus
sincicial respiratório (VSR) e 1 de para influenza1. O Brasil notifica
obrigatoriamente os casos de Srag, que é quando há necessidade de internação de
pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia ou
desconforto respiratório.
DADOS DE SG – No caso da síndrome gripal, que engloba os
casos leves, o Estado faz o acompanhamento em quatro unidades sentinelas,
localizadas no Recife (3) e em Jaboatão dos Guararapes (1). Nessas unidades,
semanalmente, são realizadas algumas coletas de amostras dos pacientes para
identificar os vírus em circulação no Estado. Também até o dia 14.04, já foram
confirmados 8 casos de influenza A(H1N1), 4 de influenza A(H3N2), 1 de
influenza B e 1 de vírus sincicial respiratório (VSR).
A SES destacou ainda que está permanentemente, monitorando a
circulação dos vírus respiratórios no Estado e que os casos de Srag reduziram
38,5% em relação ao mesmo período de 2017. O órgão também está em contato com
os serviços de saúde e com os municípios para reforçar a importância da
notificação de Srag, quando há a internação do paciente, e do uso da medicação
(oseltamivir) para os casos com recomendação.
A Secretaria Estadual de Saúde também reforça que os
municípios pernambucanos estão abastecidos da vacina contra a influenza, que
protege contra três vírus da doença: A(H1N1), A(H3N2) e B. Ao todo, mais de 2,3
milhões de pernambucanos estão aptos a participar da campanha. Fazem parte dos
grupos prioritários: idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos,
11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres que tiveram filhos a até 45
dias), trabalhador de saúde, professores, povos indígenas, adolescentes e
jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada
de liberdade e funcionários do sistema prisional.
A campanha de
vacinação contra a influenza também contempla pessoas com doenças crônicas não
transmissíveis e outras condições clínicas especiais: doença respiratória
crônica, cardíaca crônica, renal crônica, hepática crônica, neurológica
crônica; diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e indivíduos com
trissomias. A expectativa é imunizar, no mínimo, 90% do público prioritário.
Em doenças agudas
febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do
quadro. As pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas
urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção
de medidas de segurança. A vacina é contra-indicada para pessoas com história
de reação anafilática prévia em doses anteriores bem como a qualquer componente
da vacina ou alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e seus
derivados.
O QUE É – A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o
sistema respiratório. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias
respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos,
que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções respiratórias
pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz. No ano passado,
foram vacinados 2.345.477 pernambucanos (100,6% do público total de 2.329.874).
Por Diário de Pernambuco
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