A Polícia Federal encontrou documentos que indicam saldo de
cerca de R$ 20,6 milhões em contas de uma empresa do coronel aposentado João
Batista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer. Outros R$ 3,04 milhões
estão em uma conta do próprio militar da reserva. Lima é investigado pela PF
como um possível intermediário de propina do presidente.
Os extratos bancários e planilhas indicam que o dinheiro está
em contas correntes e investimentos em nome do coronel (pessoa física), da PDA
Projeto e Direção Arquitetônica LTDA e da PDA Administração e Participação
LTDA. Os documentos não citam a Argeplan, empresa mais conhecida de Lima.
Um contador do coronel, Almir Martins, afirmou em depoimento
à PF que o faturamento líquido da Argeplan seria de cerca de R$ 100 mil a R$
200 mil anuais. Martins disse ainda que o patrimônio atualizado da empresa é de
R$ 5 milhões.
Agora, a PF apura a origem dos recursos e investiga se esse
valor ter sido arrecadado por meio de serviços lícitos. A principal hipótese da
corporação é a de que Temer lavou dinheiro de propina proveniente de um decreto
sobre o setor portuário em transações imobiliárias e em obras em casas de familiares.
O presidente nega as acusações.
Procurada, a defesa do coronel Lima afirma as questões
enviadas pela reportagem envolvem “sigilo contábil e fiscal da empresa” e não
podem ser respondidas “sob pena de infração ética profissional”. Os advogados
comunicaram ainda que o coronel “reafirma inexistir a prática ou participação
em conduta ilícita e cometimento de qualquer irregularidade”.
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