Após suspenderem uma paralisação de 72 horas, depois que
Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou a greve abusiva e determinou
multa diária de R$ 1 milhão em caso de continuidade, os petroleiros ameaçam
retomar o movimento, agora por tempo indeterminado.
Em reunião na manhã desta terça-feira, 12, em Curitiba (PR),
a Federação Única dos Petroleiros alertou que a greve deste ano, já aprovada em
assembleias, pretende reproduzir a paralisação de 1995, a maior greve da
categoria, que durou cerca de um mêse trouxe problemas ao abastecimento de
combustíveis do País, além de demissões e outras punições aos grevistas.
Na reunião desta terça, dirigentes da FUP ressaltaram que a
greve visa interromper o que eles classificam como “desmonte da Petrobrás”, que
tem um plano de US$ 21 bilhões de desinvestimentos.
Entre os ativos anunciados à venda estão quatro refinarias da
estatal, cujos trabalhadores poderão ser demitidos, segundo a FUP.
Entre outras palavras de ordem, os petroleiros afirmaram na
reunião que se houver greve de fato, param o Brasil, como ocorreu recentemente
na greve dos caminhoneiros.
No final do mês passado, os petroleiros cruzaram os braços,
justamente na semana em que os caminhoneiros organizaram a greve que culminou
em uma crise sem precedentes de abastecimento no Brasil.
A exemplo dos empregados da Eletrobras, os petroleiros também
se viram obrigados a suspender a manifestação por força da Justiça. O TST
considerou a greve abusiva e determinou multa diária de R$ 1 milhão em caso de
continuidade
0 comentários:
Postar um comentário