Por meio de nota, o ministério informou que, atualmente, a
cobertura vacinal no Brasil contra a poliomielite é de 77%. Diante de casos
identificados na Venezuela, a pasta enviou nota de alerta para estados e
municípios sobre a importância de alcançar e manter cobertura maior ou igual a
95%, além da necessidade de notificação e investigação imediata de todo caso de
paralisia flácida aguda que apresente início súbito em indivíduos menores de 15
anos.
“O Ministério da Saúde ressalta que a vacinação é de extrema
importância para manter o país livre da circulação de poliovírus, tanto nas
ações de rotina como na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite”,
destacou o comunicado.
O governo brasileiro reforçou que as vacinas que integram o
Calendário Nacional de Vacinação são seguras e eficazes. O esquema vacinal da
poliomielite é composto por três doses da vacina inativada (injetável),
administradas aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses e aos 4 anos, a
criança recebe a vacina oral.
O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem no Brasil
ocorreu em 1989. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que três
países ainda são considerados endêmicos para a doença – Paquistão, Nigéria e
Afeganistão.
Casos na Venezuela
Esta semana, a Sociedade Brasileira de Pediatria divulgou
nota pública alertando para a necessidade de atenção redobrada diante da
detecção de pelo menos um caso confirmado no país vizinho e de diversos casos
em investigação. A preocupação se deve ao aumento do fluxo de imigrantes pelas
fronteiras brasileiras, em especial nos estados do Norte.
A entidade defende ainda a manutenção de elevadas e
homogêneas coberturas vacinais contra a poliomielite no Brasil – acima de 95% –
até que a erradicação global seja alcançada.
Doença
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é
uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de
paralisia flácida de início súbito.
A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, pela via
fecal-oral (mais frequente); por objetos, alimentos e água contaminados com
fezes de doentes ou portadores; ou pela via oral-oral, através de gotículas de
secreções (ao falar, tossir ou espirrar).
Não existe tratamento específico – todas as vítimas de
contágio devem ser hospitalizadas.
A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite.
Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser imunizadas conforme
esquema de rotina e em campanha nacional.
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