O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
enviou um dos oito inquéritos contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na Corte
para a primeira instância da Justiça de Minas Gerais.
Trata-se da investigação sobre desvios nas obras da Cidade
Administrativa, sede do governo mineiro. O inquérito foi aberto com base na
delação premiado de executivos da empresa Odebrecht, que relataram o repasse de
R$ 5,2 milhões em propina ao parlamentar. O senador Aécio Neves ainda é alvo de
outros sete inquéritos no STF e figura como réu em uma ação penal.
Os crimes de corrupção teriam ocorrido a partir de 2007,
quando Aécio era governador de Minas. Moraes aplicou a interpretação mais
restrita do foro privilegiado que foi firmada na pelo plenário do STF.
Na semana passada, o plenário da Corte determinou que somente
deveriam ser julgados no Supremo casos contra deputados e senadores envolvendo
suspeitas de crimes cometidos durante e em relação com o mandato.
Quando o caso veio à tona, a defesa de Aécio disse ser “falsa
e absurda” a acusação de irregularidades nas obras da Cidade Administrativa e
que todas as etapas da obra foram acompanhadas pelos órgãos de fiscalização
responsáveis.
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