Delegado da PF mira Temer, Aécio e Alckmin em postagem na
rede social, apaga mensagem, mas avisa: "Não adianta se articular, vamos
continuar prendendo os corruptos de todos os gêneros"
Depois de Lula, agora é a vez de Michel Temer (MDB), Aécio
Neves (PSDB-MG) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP). O recado aos políticos do MDB e do
PSDB foi dado pelo responsável pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes
Financeiros em São Paulo (Delecor), da Polícia Federal, Milton Fornazari
Junior, em uma rede social nesse fim de semana.
“Agora é hora de serem investigados, processados e presos os
outros líderes de viés ideológico diverso que se beneficiaram dos mesmos
esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio etc)”.
Do contrário, segundo o delegado, poderá prosperar a tese petista de que Lula é
alvo de perseguição política.
A publicação, feita enquanto o ex-presidente era levado preso
para Curitiba, foi retirada do ar pelo delegado depois de sua repercussão.
“Para você que gosta de me monitorar aqui, não adianta se articular, vamos
continuar prendendo os corruptos de todos os gêneros”, escreveu em seguida.
Temer, Aécio e Alckmin são alvos de inquéritos da Operação
Lava Jato, a mesma que levou Lula à prisão.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Fornazari tem em
seu currículo a apuração sobre o cartel do Metrô de São Paulo, o inquérito que
apura desvios de recursos nas obras do Rodoanel que levou à prisão de Paulo
Vieira de Souza, ex-diretor do Dersa, apontado como operador do PSDB paulista.
O delegado federal é especialista em cooperação internacional para
identificação de lavagem de dinheiro e ocultação de valores.
Também na rede social, Fornazari comentou a situação de Lula.
Segundo ele, a prisão do ex-presidente foi justa porque o petista
“objetivamente recebeu bens, valores, favores e doações para seu partido
indevidamente por empresas que se beneficiaram da corrupção em seu governo”.
“Se não acontecer e só Lula ficar preso, infelizmente, tudo poderá entrar para
a história como uma perseguição política.”
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