O senador Humberto Costa dá como certa a vitória do seu grupo
na reunião do PT no próximo dia 10 para decidir se o partido terá ou não
candidato próprio ao governo estadual. O senador tem conhecimento de que a
militância sindical do partido torce por Marília Arraes. Mas tem o controle da
burocracia partidária, especialmente depois que o ex-prefeito João Paulo deixou
o partido. Sendo assim, teria a maioria dos cerca de 300 delegados que irão
decidir esta parada, o que lhe daria o direito de disputar a reeleição na chapa
da Frente Popular.
Sem Marília na disputa, a esperança de segundo turno estará
nas mãos do ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio, filiado à Rede de Marina
Silva. Se ele obtiver pelo menos 10% dos votos dos eleitores que não querem
votar em Paulo Câmara nem no senador Armando Monteiro, que são os dois
principais competidores, pode levar a disputa ao segundo turno.
O problema é que o partido de Lossio terá um tempo ínfimo de
TV. Não tem sequer cinco representantes na Câmara Federal, o que vai deixar a
própria Marina fora dos debates de televisão. Óbvio que se fala aqui sobre um
cenário hipotético porque a derrota de Marília Arraes no cartório do PT ainda
não se consumou. E, com ela no páreo, é grande a probabilidade de haver segundo
turno. Sem ela só o ex-prefeito de Petrolina e sua bandeira “Pernambuco pode
mais” pode garantir essa façanha.
Inaldo Sampaio
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